sexta-feira, 18 de março de 2011

O que esperar de quem conhecemos profundamente?



Conhecer alguém muito bem é conhecer o coração no intimo do ser, deste esperamos tudo aquilo que nos parece peculiar ao seu respeito em vista de suas ações e opiniões, em uns esperamos o amor, em outros a violência, compreensão, intransigência, imparcialidade, egoísmos, falsidade e assim por diante. Tudo isto esperamos do nosso próximo, ora o bem, ora o mal, conforme o que dita a nossa visão a respeito de quem conhecemos. Muitas vezes ousamos afirmar que fulano só tem a dar o que não presta e que é mal, assim agimos, julgando sermos conhecedores do intimo de quem falamos, afinal conheço ha anos o meu visinho, vejo todos os dias sua conduta inclinada ao que é ruim, assim eu somente posso esperar dele o mal.

Um dia um homem chamado Jesus de Nazaré veio mudar todos os conceitos, e olhou a todos não mais na superficialidade do nosso coração mais no intimo do nosso coração, este Nazareno que é capaz de ver ate a nossa alma, sabe que o conteúdo e a embalagem são duas coisas diferentes, e anunciou um novo conceito de que a embalagem independente como esteja, não vai necessariamente indicar o seu conteúdo. Mas como posso contradizer o que meus olhos vêem? Como não julgar o conteúdo pela embalagem?

Realmente Jesus é um cara polêmico, ele veio nos mostrar que o nosso próximo, meu visinho pode deixar transparecer o que ele quiser, mas ele não é aquilo que demonstra ser, e Jesus nos afirma isto baseado em algo muito simples, seu Pai que o enviou, Deus o criador do homem o revelou que o homem foi feito para o amor. Afinal o que este Deus que se fez homem poderia esperar de nos a não ser o amor? Jesus nos olha com uma certeza não revelada pelos olhos de sua humanidade, mas pelos olhos do seu Pai de que somos amor. Diante de tão grande certeza, ele nos sugere perdoar setenta vezes sete, como quem quer dizer, não importa o que ele fez de ruim, ele não é assim, ele é amor, só não sabe ainda disto. O autoconhecimento e o reconhecimento do divino na nossa vida são quesitos extraordinários para eu ser aquilo que Deus pensou de mim, para eu ser amor. Quando não sabemos o que somos, perdemos a nossa identidade e nos tornamos superficialmente um alguém fabricado pelas dores e decepções da vida.

Procuremos olhar o próximo e a nos mesmos, não com olhos humanos, mas com os olhos do nosso Pai que esta no céu. Ele nos criou amor, sejamos amor, deixemos transparecer amor na nossa vida, para só assim tomarmos posse da nossa filiação divida, e poder viver, não mais em função da nossa humanidade, mas da nossa divindade, somos chamados a ser santos, viemos do céu e um dia retornaremos a nossa casa.

Diante desta nova visão que não vêm dos nossos olhos, mas, dos olhos de Deus que nos criou essencialmente amor, o que podemos esperar do nosso próximo e de nos mesmos que não seja amor? Somos convidados a ser anunciadores desta boa nova, pois não somos nossas dores, medos, somos filho do altíssimo muito amado por ele, temos nosso nome escrito na palma de sua mão e seus olhos fitam em nos toda sua atenção e amor, e por nós conhecer intimamente a nossa alma, ele se derrama em misericórdia, pois sabe que um filho pode se perder quando esta fora de casa, sabe que o mundo pode querer adotar o que é dele, único de Deus em um momento de nossaa vida em que nos fazemos orfãos, e este mesmo Deus com toda sua autoridade nos envia para sermos pescadores de almas, aquele que resgata os que estão perdidos de si mesmo de sua condição originalmente divina, pois viemos do céu. Esta escrito: Da a Deus o que é de Deus e da a Cesar o que é de Cesar. Somos todos de Deus e o mundo não roubará nossas almas de Deus, por isso evangelizar é preciso, para não mais esperar o mal do nosso próximo, mas o bem quem esta além dos nossos olhos humanos e assim possamos ser misericórdia para o nosso irmão, pois só o amor nos converte, pois ele é a nossa verdade que nos preenche e nos faz feliz. Deus é amor.

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