domingo, 13 de fevereiro de 2011

O pecado original e suas consequências nos dias de hoje




O pecado original nasce do desejo do homem de ser como Deus, conhecedor do bem e do mal. O homem não sabia que a morte anunciada por Deus para quem comesse o fruto proibido não era a morte física, mas uma outra morte que o levaria a pensar e agir, diferente daquele que é a própria felicidade. As cosequências deste pecado, marcou a humanidade de tal forma, que ainda hoje sofremos as duras penas do amargo destino de ter que conviver com a nossa desordem interior.
Jesus Cristo foi o homem pensado por Deus, com perfeita estatura do Pai, pleno em sua natureza, contudo o homem frustrou os planos de Deus, e como amor só tem sentido, se for com liberdade, ele arriscou perder aquele que tanto amava para poder mante-lo livre. As escolhas do homem, o fizeram refém de uma labirinto entorpecedor, que a muitos que desconhecendo a verdade alem de perder-se de Deus que é a verdade perderam- se de si próprio, envolvendo-o em tormentos e dores indescritíveis gerando em suas vidas verdadeiras fontes de lágrimas.
Todos os homens são sabedores da sua filiação celeste, contudo insistem em viver como indigentes e esquecem que apesar de tudo, Deus nunca tirou seus olhar de nos, tenta por diversas vezes nos falar, mas as vozes do mundo ensurdecem a alma do homem de uma forma lamentável, e a falta de oração e intimidade com Deus, impediram de ouvir do Pai o caminho seguro nente mundo de lobos em vista o retorno para casa, nossa ultima morada, o Céu.
A sociedade que o homem esta inserido foi evoluindo, e no mesmo ritmo suas mazelas e dores, o sofrimento muitas vezes é o único caminho do reencontro com Deus, não por falta de amor do Pai mas por indiferença do homem, que não ouve os constantes apelos e sinais que ele envia. Mas como pode escutar a voz de quem se desconhece? A escolha do homem foi de viver mendigando amor onde não têm amor, buscando felicidade onde não têm felicidade e assim este filho passou a usar o que recebeu de Deus, coisas e criaturas e colocou no lugar de Deus e é exatamente esta a nossa doença.
Fruto da nossa constituição o coração do homem que é incompleto vive inquieto e não descansa enquanto não se encontrar com Deus e enquanto isso, ficamos mendigando por prazeres e outras coisas até cair na real que só Deus sacia e preenche o homem.
Conscientes da condição patológica do homem, precisamos aprender a conviver e sobreviver as dores que a vida nos submete, estas dores são os sintomas do homem que deseja ser Deus, não por uma escolha mas por uma condição irremediável consolidada pelo pecado original. O homem tende ao que é mal. Mas Como conviver com isso?
Somos chamados a viver uma vida ascética, com sacrifício esforço e jejum, não como pena pelo nosso pecado, mas para combater a lei da gravidade que nos leva pára baixo, para proteger nos de nos mesmos. Mas como viver no mundo de prazer sem usufruir deles? Somos capazes de viver esta vida de sacrifícios?
Deus nos chama a ser o homem que ele pensou, como Jesus Cristo, e nos lembra que não somos deste mundo e que as privações as quais ele nos sugere não implica em vivermos tristes e deprimidos, mas alegres e felizes verdadeiramente pela alegria de ser de Deus. Ele nos alerta que estes prazeres deste mundo não nos farão felizes e muito menos que a contrição deles são indicativo de infelicidade, mas ao contrario nos faz conhecedores que esta terra que habitamos temporariamente não têm nada que nos faça completos e íntegros, mas podemos ser capazes de encontra alegria mesmo em uma terra estranha, mesmo em meio as dores e dificuldades em vista da grande alegria de ser amado por Deus e pela recompensa que o Pai nos promete com sabor de eternidade e santidade no céu.
O amor a Deus é a agua viva que nos faz completos e felizes e que nos desprende espiritualmente de nos mesmo e nos leva a não mais olhar tão fixamente para nos, mas para o próximo e nos impulsiona a amar mais do que ser amado e é este o grande segredo da felicidade, dar-se mais a amar do que ser amado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário