segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A PAIXAO DO JOÃO DA MARIA DO PEDRO E DE TODOS NOS.







Jesus Cristo veio nos mostrar o caminho da santidade com seu exemplo de vida e amor. Ele vêm nos dizer que não são nossas dores e pecados que nos impede de ser santos, mas a falta de amor; Cristo não fez nada obrigado, foi tudo suportado por amor, foi uma luta entre os pecados do mundo e o amor, e no final o amor venceu e até hoje, ele esta no meio de nos. Assim nos também podemos ser santos, amando ao modo de Cristo, na radicalidade evangélica. Unindo-se a Jesus, como podemos viver bem a nossa paixão?
Na nossa primeira conversão descobrimos o enorme amor de Deus e uma profunda gratidão a este amado, nos sentimos tão amados e felizes que ao nos deparar-mos com nosso pecado optamos por lutar contra eles e com exito muitos deles são superados, porém os pecados de estimação como chamamos aqueles que estamos como que preso a eles, chega a ser atormentador, porque já não somos mais como antigamente, que não enxergávamos as consequências, mas hoje convertidos sempre que pecamos sentimos uma forte ingratidão de nossa parte e até pensamos ser indignos de Deus, e tamanha tentação nos afasta deste amor, é como fechar a janela numa noite quente, enquando a brisa do vento gratuitamente entra no nosso quarto e por vergonha fechamos a janela e ficamos sufocados. Mas este amor que nos constrange pois nos sentimos incapazes de amar assim, nos transforma e nos faz novo homem, despertando em nos, uma grande gratidão que nos impulsiona a desejar a santidade, e ser como Jesus, e não mais pecar. É quando descobrimos a nossa incapacidade em lhe dar com os pecados, ai ficamos profundamente tristes e sem esperança. Chegamos a sentir repulsa por ele, mas um velho amor distorcido prende nossos pensamento, e seduzidos pelo velho, caímos, grande culpa sentimos, nossas dores já não são as mesmas de antes, elas ficam mais fortes, pois agora sei que não estou ferindo apenas a mim mas a Cristo que tanto amo, outrora era fácil mutilar minha alma e pagar o preço sozinho, mas agora meus olhos se abriram e descubro que outro sofre comigo quando peco, e como suportar tamanha dor de sentir-se incapaz de não fazer aquele que amo não mais sofrer?
Nosso Pai consolador não nos desampara mas nos nutre de esperança, e nos indica a cruz como caminho de libertação e vitória. E que ele sofre connosco mas se alegra em nos ver combatendo o bom combate, aquele que vale a pena que têm um sentido para tudo suportar. Eis que a nossa luta contra o pecado é a nossa paixão, paixão do João, da Maria do Pedro e de todos nos, rumo a santidade. Não esqueçamos que uma derrota não implica perder uma guerra assim como uma vitoria também não implica vencer toda a guerra, na vida teremos varias batalhas e é importante notar que não estamos a sós, mas Deus nos olha, nos sustenta e capacita com seu espírito, ele não nos permite tentações que não sejamos capazes de suportar. As vezes nos pensamos: comigo ele deve ter se enganado, porque o que cai sobre mim é como uma grande pedra que tem três vezes o meu tamanho e é tão pesada que meus joelhos se curvam e sinto -me esmagado e imóvel. Não podemos esquecer que nossos olhos de todo o nosso corpo é o primeiro a nos trair, é a porta de entrada dos nosso pecados, assim convém desconfiar do tamanho real desta pedra que nos sufoca e oprime, não poderia haver uma outra forma de olhar nossos pecados?
É curioso, que têm momentos que nos sentimos livres como uma andorinha, e em outros é como se essa grande pedra tivesse sobre nos, e nos impedisse de ousar livre voo, no mínimo temos uma contradição, meus olhos enxergam uma pedra que me supera, e meu coração que esta unido ao Pai que me ama de forma concreta e eu posso sentir esse amor, me fala que não permite eu ser tentados por algo maior do que possamos suportar e no entanto sinto me esmagado. Quando Jesus nos convida a amar, e nos aceitamos, saímos de nos mesmos, quando nossos olhos se ocupam em ver Jesus no rosto de cada um que encontramos, aquela pedra que era tão real sai de cima de mim e volto a ser aquela andorinha que voa e já não me sinto esmagado. Na verdade aquela pedra existe, contudo só percebemos seu peso quando tentamos por nos mesmos vencer o nosso pecado e abdicamos da graça de Deus que tudo realiza.
O caminho de santidade é assim cheio de pedras, buracos que pela natureza da nossa condição de pecador é compreensível aos olhos de Deus as nossas quedas, ele sabe da nossa dor, pois ele esta unido a nos, uma vez que somos templos do senhor, como ele poderia não sentir nossas alegrias e dores? Somos chamados a viver com alegria a nossa luta contra o pecado, pois este é um feliz caminho de santificação, que pelas nossas dores vencemos, Jesus abraçou a sua cruz , assim nos também podemos aceitar a nossa condição de pecar, e não se abater com as inevitáveis quedas, e durante a luta diária, louvemos a Deus falando: Feliz luta, pois esta cruz que nos pesa nos salvará.
Vendo a paixão de Cristo eu me perguntava como ele suportava tudo aquilo, se ele abdicou da sua condição divina, um homem jamais suportaria, aquilo. Hoje descubro que meus olhos não foram capazes de ver com os olhos da Fé aquela dor, eu não havia percebido que Jesus estava entregue a seu Pai e ele o sustentava, assim como sustenta cada um de nos, naquele momento Jesus não se sentia esmagado mas livre como uma andorinha, pois o amor o havia consumido e não tendo ele olhado para si próprio, mas para todos aqueles que ele salvaria, todo sofrimento foi suportado pelo amor que é a mola propulsora da santidade.
Quando cair levante, Deus sabe que somos barro e não se escandaliza com o que fazemos, mas ele nos quer de pé e não no chão abaixado pelo peso de nossas culpas, continue caminhando e peça a graça de Deus para suportar aquilo que humanamente te parece impossível, enquanto isso não olhe para si para seus pecados e dores, entregue-os ao Pai, ele aliviara seus fardo, Lembre-se que entregar é passar para o outro o que antes estava com você, agora, volte seus olhos para Jesus e para o próximo, pois a verdadeira entrega é aquela que nos redime, e enquanto estivermos preocupados em amar estaremos ousando livre voo e mergulhando profundo no coração de Cristo, e assim não sentiremos o peso do nosso fardo. Agora sempre que sairmos desta união perfeita, que se conquista com oração e intimidade com Deus, passaremos a sentir o peso de nossas dores e culpas, lembre-se que sua luta é uma feliz luta, e é na verdade uma paixão movida pelo amor, que no final venceremos.

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